Mês do técnico de segurança

Novembro é o mês do técnico de segurança e a Marluvas preparou uma série de conteúdos para enriquecer o conhecimento dos profissionais que atuam na área. Com sinergia no ambiente corporativo, (ou seja, empresa + profissionais da área) nós conseguimos contribuir com a saúde e proteção de muitos outros colaboradores? 

Neste terceiro episódio da nossa série, quem vem conversar um pouquinho conosco é o professor e profissional de segurança Thiago Limido que nos fala sobre “Avaliação de estresse térmico em ambiente industrial”.

Para começar o assunto de hoje, é necessário compreender que o estresse térmico tem a ver com o calor.

TECNICAMENTE, O QUE É CALOR?

Calor é energia térmica em trânsito motivada pela diferença de temperatura entre dois corpos.

Existem três tipos de propagação do calor: condução, convecção e radiação. No ambiente industrial, conseguimos perceber essas três propagações de calor. Um exemplo prático para cada uma delas:

  • A condução que acontece quando encostamos em alguma máquina e notamos que ela está quente;
  • A convecção que está presente no banho maria que é utilizado para mudar o estado físico de algum produto;
  • E a radiação, que é presente na sensação térmica do ambiente industrial. Um exemplo disso, é quando várias máquinas são ligadas e se aquecem ao mesmo tempo e elas fazem com que a temperatura do ambiente aumente.

VAMOS FALAR SOBRE A AVALIAÇÃO

Em termos práticos, a avaliação de gênero de fim ocupacional se baseia pelo IBUTG que nada mais é que a combinação de três termômetros: o termômetro de bulbo C, o termômetro de bulbo úmido natural e o termômetro de globo.

Para fazer a avaliação de calor é necessário analisar a temperatura do ambiente e a interação do corpo humano com o ambiente, o metabolismo. O metabolismo diz respeito com o gasto de energia ao realizar alguma atividade exercida pelo corpo humano (levantar o braço, correr, andar, carregar grandes ou leves pesos, etc.), já o calor tem a ver com o ambiente como um todo e é medido em graus Celsius.

A presença de alguns fatores é importante para identificar se o ambiente industrial conta ou não com a presença de calor, são eles:

  • Percepção humana;
  • Acompanhar as atividades executadas pelos colaboradores, quanto tempo o colaborador fica exposto e afins;
  • Entreviste os colaboradores, identifique as possíveis situações térmicas;
  • Registre as queixas, as sugestões e os pontos críticos encontrados;
  • Registre as principais fontes geradoras de calor.

Além desses pontos citados, tem também o item 3.2 que consta na NR9, que fala sobre a avaliação preliminar da exposição ocupacional ao calor, e considera a avaliação do perigo, a caracterização da fonte geradora, a identificação das possíveis trajetórias, a identificação das funções, a caracterização das atividades e do tipo de exposição considerando a organização do trabalho.

Para realizar o levantamento quantitativo, usa-se o item 3.2 11 que observa que essa avaliação deve ser feita caso a avaliação preliminar não seja suficiente para a tomada de decisões, no entanto, quando se trata de insalubridade torna-se obrigatório.

  • Para a avaliação quantitativa, usa-se alguns critérios como:
  • Definir as situações térmicas;
  • Posicionar o equipamento de análise (termômetro) em todas as situações térmicas;
  • Registrar as atividades da situação térmica avaliada;
  • Definir o IBUTG (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) médio e o metabolismo médio.

Assim como realizar qualquer atividade, fazer essa avaliação também está sujeito a falhas, entretanto, há algumas recomendações que são cruciais para que não ocorra falhas no momento da avaliação, bem como:

  • Avaliar o equipamento como checar a bateria, verificar se a calibração está em dia, verificar o estado de conservação, e afins;
  • Atentar-se ao procedimento de avaliação;
  • Acompanhar de perto cada profissional que realizar cada atividade;
  • Não atrapalhar o curso normal da execução da atividade, como colocar o termômetro entre o trabalhar e a máquina, já que isso pode interferir negativamente o resultado final da avaliação;
  • Fotografar e/ou fazer registros em vídeo da execução da atividade. Além de sanar posteriores dúvidas esses materiais enriquecem o laudo;
  • Avaliar condição mais severa. Avalie os 60 minutos mais críticos de exposição ao calor.
  • Na hora de montar o relatório, atente-se a todos os requisitos.

Para a montagem do relatório, é necessário que ele tenha começo meio e fim. Ele deve conter introdução, data e local de avaliação, condições do clima, quem foi avaliado, onde foi avaliado, os laudos, o resultado crítico da avaliação, e no final, é necessário que o relatório tenha a conclusão.

Gostou da publicação de hoje? Fique atento nos próximos episódios que ainda tem muita coisa legal por vir. 

Não deixe de ouvir nosso podcast: https://open.spotify.com/embed/episode/1moxSTg6VQW6Uall1C5TLm?utm_source=generator%22

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